Reflexões sobre a Jornada Fotográfica: Do Analógico ao Digital
Entrar no mundo da fotografia é embarcar em uma jornada repleta de descobertas e transformações. Para muitos de nós, essa jornada começou em uma época em que os filmes fotográficos e os processos analógicos eram a norma, mas com o passar do tempo, testemunhamos uma revolução tecnológica que nos levou ao universo digital.
Posso dizer que tive a sorte de viver nessa época de grande transformação tecnológica. Comecei minha aventura com uma modesta câmera Yashica e uma lente 50-200. Fotografei minha irmã e levei o filme que usei preto e branco para revelar em um laboratório de um fotógrafo amigo do meu pai. Lembro-me vividamente da emoção ao conhecer todo o processo de revelar um negativo e uma fotografia. Naquele momento, percebi que a fotografia não era tão difícil quanto parecia. Eu estava encantada pelo processo!
Com o tempo, meu interesse cresceu e decidi aprofundar meu conhecimento. Adquiri um ampliador de uma marca alemã (não lembro o nome) do Sr. Maccagnan, um respeitado fotógrafo da minha cidade, e montei meu próprio laboratório improvisado. Meu quartinho vermelho, que antes servira como cofre da casa do meu pai, tornou-se meu refúgio criativo, onde químicos, bandejas e papéis mate se uniam para dar vida às minhas imagens em preto e branco.
Foi assim que comecei, oferecendo fotos sempre contrastadas e cheias de personalidade. Mesmo sem um estúdio profissional, usava minha criatividade para capturar a beleza das minhas modelos, muitas vezes improvisando em locações inusitadas.
A transição para o mundo digital trouxe consigo novos desafios e oportunidades. Descobri o poder do Photoshop e suas infinitas possibilidades de edição. O controle das imagens estava agora em minhas mãos, e eu finalmente podia expressar minha visão artística sem depender dos laboratoristas.
Essa jornada de aprendizado e adaptação é uma verdadeira celebração da evolução da fotografia. Hoje, posso afirmar que a fotografia não é apenas uma paixão, mas uma forma de arte que me permite fazer com que minhas modelos se sintam verdadeiramente belas.
Assim, de filmes em preto e branco ao universo digital, minha jornada fotográfica continua, repleta de emoção, criatividade e autenticidade.
Foto clicada pela minha irmã em 1994 e revelada por mim, no quartinho vermelho.